quarta-feira, 13 de junho de 2012

OFICINA DE POESIA: DA LEITURA À ESCRITURA

          Todo ano ocorre o mesmo dilema: como levar o aluno a ler e produzir poesia? Como levar o aluno a apreciar uma modalidade textual que não está presente, de forma tão evidente, em seu dia a dia?
          Não existe escritor que não seja leitor. Não existe escritura que prescinda da leitura.

         Ler pode ser uma atividade solitária, mas pode, também, abraçar todo um grupo de pessoas.


          Ler poesia, com seu ritmo ditado por rimas, pausas, jogos de palavras, parece a atividade perfeita para captar a atenção do grupo e levar todos, ao mesmo tempo, a um mergulho naquilo que o homem descobriu há tanto tempo: as palavras guardam beleza inquestionável quando agrupadas com uma finalidade estética.
          Na turma 1801 da Escola Municipal 03.13.042 Goiás, assim aconteceu nesses primeiros meses de 2011: ao ler poesia, em voz alta, uns para os outros, alunos e professores puderam perceber que a poesia é a nossa linguagem vestida para festa – a festa da palavra.
          Foram selecionados para a roda de leitura diversos títulos de poesia da Sala de Leitura e cada aluno escolheu um para ler. Depois de eleger um poema, os alunos fizeram a leitura, de pé e em voz alta. O Professor de Sala de Leitura, Carlos Mauricio da Cruz, e a Professora Regente de Português da Turma, Sandra Braga Fará, estimularam os alunos a falarem o porquê da escolha da cada texto e ressaltaram as principais características de um texto poético, em distinção aos textos em prosa. Os Professores ainda chamaram a atenção do grupo para os recursos criativos mais comuns entre os autores lidos e os temas desenvolvidos por eles.
           Ao final de um curto tempo, os alunos puderam perceber que a poesia pode habitar não só os chamados temas universais (amor, morte, vida, por exemplo), mas também o cotidiano, com suas hesitações, a barriga vazia, o menor abandonado, as pequenas alegrias, as revelações banais...
          Daí que escrever foi um pulo, aliás, um salto sem volta! De leitores de poesia a escritores de poesia; de espectadores a produtores, de curiosos a consumidores de poesia!


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